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Buyology – Martin Lindstrom

por Miguel Reis, em 29.07.14

 

 

Podia enumerar um vasto conjunto de motivos pelo qual a compra do livro de Martin Lindstrom “Buyology – A Ciência do Neuromarketing” é  (quase) obrigatória para todos aqueles que gostam de neuromarketing, mas decidi trazer-vos apenas um episódio do seu livro (editado em 2010, mas intemporal a muitos níveis), para depois tirarem as vossas conclusões. 

 

Antes da história, importa saber quem é o autor. Martin Lindstrom é considerado um dos maiores gurus do marketing e do branding. É marketeer, consultor, conferencista e investigador com mais de 20 anos de experiência e é conhecido por estar sempre na vanguarda da investigação, tendo sido um dos investigadores pioneiros do neuromarketing. Vamos agora à história?

 

Com o objetivo de analisar como reagiam os cérebros dos fumadores quando expostos à visualização dos avisos presentes nos maços de tabaco, Martin Lindstrom, contratou uma vasta equipa médica e reuniu dezenas de fumadores voluntários. Esses, seriam introduzidos numa máquina de ressonância magnética gigante, no valor de 3 milhões de euros, localizada no Centro de Ciências de Neuro Imagem, em Londres. Cada fumador, antes de entrar na máquina de ressonância, era questionado sobre esses avisos.

 

“Os avisos dos maços de tabaco têm algum efeito sobre si?”

- “Sim.”

 

“Tem fumado menos por causa dos avisos?”

- “Sim”.

 

As respostas dos entrevistados eram bastante claras, mas agora era o momento de inserir os voluntários nas máquinas para analisar os seus cérebros…e é aqui que as coisas começam a revelar-se verdadeiramente surpreendentes. O método era simples. Cada fumador era colocado no interior da máquina de ressonância magnética durante cerca de 1 hora. Ao longo desse período, eram mostradas diversas imagens de maços de tabaco com os habituais avisos. Enquanto essa visualização decorria, cada fumador ia indicando o seu desejo de fumar.

Um mês e meio depois, todos os fumadores tinham sido analisados. 5 semanas depois, chegavam então as tão aguardadas conclusões. 

 

- Os avisos colocados nos lados, na frente e na parte de trás dos maços de tabaco não surtiam qualquer efeito em reduzir a vontade de fumar. Nada. Por outras palavras, todas as imagens grotescas, as regulamentações governamentais, os milhões investidos por 123 países em campanhas antitabagistas resultavam, no final de contas, num enorme desperdício de dinheiro. Mais há mais e pior.

 

- Os avisos dos maços de tabaco estimulavam uma área do cérebro dos fumadores, o núcleo accumbens, que é também conhecido como o “lugar do desejo” e é ativada quando o corpo sente desejo de alguma coisa seja álcool, drogas, cigarros, sexo ou jogo. Quando estimulado, o núcleo accumbens necessita de doses sempre maiores para satisfazer os seus desejos.

 

- OU SEJA…os resultados mostravam que os avisos dos maços não só não cumpriam a função de convencer os fumadores a deixar o tabaco, como, ao ativar o núcleo accumbens, pareciam encorajá-los a fumar. A conclusão é óbvia: os avisos destinados a reduzir o consumo de tabaco, o risco de cancro e a salvar vidas tinham-se transformado numa ferramenta de marketing assassina por parte da indústria financeira.

 

Curiosamente, a maior parte dos fumadores respondeu que “sim”, os avisos tinham algum resultado em diminuir a sua vontade de fumar.

 

Oh well...

 

A sinopse do livro refere “ Buyology é uma viagem pelo cérebro do consumidor”. Sem dúvida. Mas é uma viagem fora do circuito turístico que desafia e provoca o leitor numa aventura fora dos parâmetros lineares. E isso é bom, mesmo que algumas verdades custem a saber.

 

 

 

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publicado às 21:00

Customer experience, are you talking to me?

por Miguel Reis, em 07.07.14

 

 

 

O Uber chegou a Portugal, o que basicamente significa duas coisas: o início da operacionalização de um serviço disruptivo no nosso mercado e o início de uma guerra legal.

 

O serviço apresenta-se como "uma aplicação que liga utilizadores a uma rede de motoristas profissionais, locais e licenciados", o que resume de forma clara o seu negócio.

 

À semelhança da polémica gerada aquando do seu lançamento nos outros 40 países onde o serviço está implementado, em Portugal, o braço de ferro da Uber com a Associação Nacional dos Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros (Antral) e a Federação Portuguesa do Táxi (FPT) em Portugal começou já há algum tempo e a partir de agora irá intensificar-se gradualmente, seguindo os protestos (e processos) de outros países.

 

Mas mais importante que tudo isso, com a chegada do Uber a Portugal - polémicas à parte - chega também uma grande lição sobre a importância da experiência do consumidor que este elucidativo artigo do blog da Medallia expõe. Um artigo fundamental não só para este tema em concreto, mas para todos os ramos de negócio em geral. Uma grande lição.

 

 

  

 

Mais informação sobre o lançamento do Uber em Portugal e respetivos endorsers utilizados no seu kick-off no Uber Blog.

 

 

Yes, i was talking to you, but you didn´t pay attention to the signs...

 

 

 

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publicado às 09:00

This is a MAAN´s world...cup

por Miguel Reis, em 02.07.14

 

 

A Fast Company é um projeto de Media que se tem transformado numa poderosa marca de comunicação nos US. A publicação recebeu recentemente o prémio de Magazine of the Year 2014 nos US, atribuído pelo seu trabalho de excelência realizado no Print e no Online. Por aquilo que representa atualmente, a presença de um projeto nacional nas suas páginas da Fast Company é um grande feito e um passo importante para o reconhecimento global.

 

A publicação norte-americana elaborou um artigo sobre o projeto World Cup Stamps, realizado pelo estúdio (português) de design independente MAAN, sediado em Vila do Conde, que criou uma original coleção de selos em torno do Mundial de Futebol, que muito agradou à publicação.

 

Os selos do trabalho World Cup Stamps podem ser vistos aqui. 

 

É bonito ver talento nacional reconhecido lá fora. E cá dentro...

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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publicado às 09:00


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